A empresa X lança um produto. Um produto muito bom — diga-se de passagem —, mas que, tempos depois, logo apresenta defeito. Senão, torna-se obsoleto por conta da chegada de uma nova geração. Seria este um caso de obsolescência programada?
Para responder a esta pergunta, preparamos este conteúdo. Confira agora e entenda o que é obsolência programada.
O que é Obsolência Programada?
Por definição, obsolência programada acontece quando um fabricante lança um produto, ou mesmo distribui e vende, de modo que este logo se torne obsoleto ou não-funcional. Neste caso, o objetivo é um só: pressionar o consumidor a comprar uma nova geração deste produto logo depois.
Obsolência Programada: como tudo começou?
Acredita-se que a obsolência programada tenha surgido nos países capitalistas, sobretudo EUA, entre as décadas de 1930 e 1940, e faça parte de um fenômeno industrial e mercadológico.
Assim, a obsolência faria parte de uma estratégia de mercado: o consumidor adquire um produto que, por determinado espaço de tempo, supre plenamente as suas necessidades. Seria bom demais para o consumidor se este produto durasse muito tempo, mas ruim para o fabricante — e, por que não dizer, para a economia.
Desse modo, a obsolência programada também cumpriria um importante papel para a roda não parar de girar ao substituir produtos antigos por novas versões aprimoradas.
Obsolescência Programada: um exemplo rápido
Para que fique bem claro, vamos a um exemplo rápido: um fabricante lança a Supermáquina X, um bom eletrodoméstico, mas que secretamente foi confeccionado, desde o início, para deixar de funcionar em apenas quatro anos. Ao final desta data de validade, o equipamento quebra e o consumidor se vê obrigado a comprar um novo produto.
…o que não deixa de ser um risco, mesmo para uma grande indústria: essa não deixa de ser uma estratégia arriscada, uma vez que nada impede que o consumidor passe a ver também o novo modelo da Supermáquina X com maus olhos e dê preferência à Supermáquina Y, da marca concorrente.
Obsolência Programada: como ela afeta a sua vida?
Agora que você já compreendeu o que é obsolescência programada, pode estar se perguntando como o fenômeno impacta, diretamente, a sua vida.
A resposta é simples: de todas as formas possíveis. Acredita-se que grande parte dos aparelhos que usamos em nosso dia a dia pode ter sido programada para durar pouco. Em consequência, a obsolescência programada pode gerar:
- Prejuízo pessoal: no seu bolso, quando você precisa desembolsar dinheiro antes do previsto para comprar um novo produto ;
- Prejuízo coletivo: ao meio ambiente, à medida que produtos são descartados para dar lugar a novos produtos (que logo também serão descartados, em um ciclo de lixo sem fim).
A Apple e a Obsolência Programada
A Apple tem uma longa história com “a questão da obsolescência programada”, que inclui ações na justiça em diversas partes do mundo. Parte das críticas se dá pelo fato de a empresa lançar, com regularidade, novas gerações de seus principais produtos, iPhones e iPads.
Por outro lado, o vice-presidente de marketing da Apple, Greg Joswiak, em entrevista ao podcast “The Talk Show”, disse que a obsolescência programada é uma noção absurda.
“[Obsolência programada] É a coisa mais louca do mundo eu lhe dar uma experiência porca para que volte a comprar nosso novo produto”
Greg Joswiak, vice-presidente de marketing da Apple
Para driblar a questão da possível obsolescência programada e estender a vida útil dos produtos Apple, surgem empresas como a iCaiu, voltadas à economia circular que dá nova vida aos devices que, se tornariam lixo eletrônico, caso reparos e comercialização de usados não existisse.