Em 9 de janeiro, há uma década, Steve Jobs revelou o produto que, em suas palavras, revolucionaria a comunicação. O então presidente da Apple apresentou pela primeira vez o iPhone.
Com o anúncio oficial do produto, a indústria de smartphones passou a encarar sua produção com outro olhar. Mas, a história do iPhone se inicia muito antes de 2007. A ideia surgiu primeiro para a equipe da Apple dois anos antes de seu lançamento. Confira:
O começo
A fabricante já vinha experimentando protótipos em meados de 1993, quando colocou no mercado a primeira geração do aparelho Newton. Visualmente semelhante ao que seria o smartphone de maior sucesso da marca, o Newton era uma espécie de bloco de notas virtual que convertia os escritos à mão em caracteres digitais.
Contudo, o software precário do aparelho e seu preço exorbitante de US$ 900 contribuíram para sua descontinuação. Por outro lado, Jobs manteve latente a ideia de criar um tablet. Os primeiros testes foram de telas multitouch, quando o criador do iPhone decidiu eliminar o teclado físico.
Primeiro, o executivo pensou na invenção de um tablet que utilizasse o recurso de escrita virtual, o que de fato se consolidou com o iPad. Porém, o projeto de um telefone pareceu mais urgente, então a empresa direcionou seus esforços para essa criação.
O anúncio
Jobs foi ao palco da Macworld Expo, conferência da Apple que acontecia todo ano, desde a década de 80, na Califórnia.
Ao microfone, em janeiro de 2007, o líder do projeto anunciou o resultado dos esforços de sua equipe para o mundo, sob a promessa de revolucionar o mercado da tecnologia.
Na apresentação, Jobs mostrou três imagens em um telão: um iPod, um telefone e um aparelho de acesso à Web. A tríade se unificou em um só dispositivo e o burburinho na plateia começou. O anunciante contou que se tratava de um só dispositivo, batizado de iPhone. O alvoroço do público foi geral.
Nesse período, alguns celulares faziam sucesso entre os consumidores. Alguns Blackberry e os modelos Nokia já permitiam que o usuário acessasse a internet, tirasse fotografias e passasse e-mails. Porém, os teclados ainda eram físicos e era necessário utilizar a caneta stylus para conseguir navegar na tela.
O lançamento
A recepção do primeiro membro da família iPhone pode ser descrita como controversa, para dizer o mínimo.
Steve Ballmer, que àquela altura era o presidente da Microsoft, tirou sarro do lançamento, acusando-o de “o telefone mais caro do mundo” e dizendo que não servia aos empresários por conta da “falta” de teclado.
Repetindo o posicionamento adotado no lançamento do Macintosh, 20 anos antes, a Apple ofereceu o iPhone a um preço alto para o público, e ainda prendeu seus compradores a um contrato de dois anos com a operadora AT&T. Em 29 de junho de 2007, o aparelho chegou aos consumidores sob essas condições.
A marca conseguiu o buzz que desejava: as pesquisas mostravam que seis a cada dez norte-americanos estavam cientes do que era o iPhone antes mesmo de sua liberação oficial para o público. A imprensa que analisou com antecedência o aparelho teceu diversos elogios.
Até o fim de 2007, especula-se que a Apple tenha vendido mais de 1,4 milhão de unidades de seu smartphone nos EUA. A empresa fechou o ano com uma receita de US$ 24,6 bilhões, inaugurando o sucesso que acompanharia toda a história do iPhone.
O sucesso
Não demorou para que os altos números de vendas do iPhone fizessem a concorrência se agitar e lançar smartphones parecidos. O Palm Pre, por exemplo, foi o primeiro grande rival da linha.
Hoje, com mais de 2 milhões de dispositivos móveis, é impressionante o tamanho da fatia de mercado que a Apple ainda agrega, mesmo com tantos aparelhos de qualidade no mercado.
Isso se explica não só pelo cuidado na fabricação dos produtos da marca e pelo desempenho veloz dos smartphones, mas pelo trabalho delicado de marketing aplicado pela marca da maçã, que gerou uma espécie de culto em torno de seus produtos.
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