Desenvolvedores de aplicativos para iOS estudam novas formas de pagamento para evitar as taxas cobradas pela Apple para compras feitas na App Store. A porcentagem cobrada pela fabricante é considerada abusiva pela maioria dos devs. Em 2020, a Epic Games, criadora do Fortnite e outros títulos de sucesso, realizou uma manobra no game para driblar a comissão de 30% exigida pela Apple. Como resultado, o game foi excluído da App Store.
O debate sobre a taxa segue vivíssimo e ganha novos capítulos a cada notícia sobre adequação de pagamento para burlar o sistema da Maçã. De acordo com a CNBC, companhias especializadas na estruturação de softwares estão se dedicando ao novo projeto, que visa aliviar o bolso de quem publica um app na loja da Apple.
Embora o estudo esteja a todo vapor, não é possível saber, de antemão, quais as novas formas de pagamento serão aceitas pela empresa.
Próximos passos
A Epic Games não é a única a questionar os métodos da empresa de Steve Jobs, mas talvez seja um dos casos mais notáveis. Já falamos sobre isso aqui. No tribunal, a juiza responsável pelo caso decidiu que a Apple tem que liberar a inclusão de links em apps e deve deixar claro aos usuários a possibilidade de pagamento por meios alternativos.
Mesmo com todo esse rolo, tudo indica que a história não para por aí. Até porque, até agora, o Fortnite não voltou à loja. Quando o veredito da magistrada for implementado nas políticas da Apple, a situação deve ficar menos injusta para o lado mais fraco da história.
O valor cobrado pela Apple é considerado, por muitos, abusivo e prejudicial, especialmente aos novos desenvolvedores e empresas pequenas, ainda sem estrutura e lucro considerável.
A história é bem mais complexa do que parece: não é mais um daqueles casos em que a parte insatisfeita se retira. Se retirar da App Store é, para muitos, o fim. Mais de 1 bilhão de pessoas em todo o mundo usam iPhone. Além disso, os programadores trabalham em duas versões para publicar seus aplicativos: um código específico para o iOS e o outro, para Android. Portanto, abandonar uma delas não é uma escolha financeiramente inteligente.