iPhone 12 Pro possui leitor de realidade aumentada

Apple investe em tecnologia de mapeamento e varredura para popularizar ferramenta e atrair desenvolvedores para a App Store.

Publicado em: , por icaiu

Realidade aumentada (RA) é uma tecnologia cada vez menos futurista. A Apple está investindo neste mercado desde meados de 2017, quando o jogo Pokémon Go viralizou em todo o mundo com sua aparência realista. O iPhone 12 Pro e a nova geração de iPads receberam sensores de detecção de profundidade, o LIDAR, prova que a gigante está apostando alto neste segmento.

Enquanto Google e outras empresas concentram seus estudos em óculos e fones de RA, a Apple vai no caminho inverso e investe em seu carro-chefe. A ideia é aprimorar o aparelho que você já tem no bolso. 

Em entrevista concedida pela gerente sênior de produto da Apple, Alessandra McGinnis, ao portal CNet, ela explica o motivo da implementação da tecnologia no iPhone. “Para nós, a melhor maneira de fazer isso [popularizar a ferramenta]  é habilitar nosso ecossistema de dispositivos, para que seja um lugar saudável e lucrativo para as pessoas investirem seu tempo e esforço.”

Em outras palavras, implementar um leitor de realidade aumentada no iPhone serve de isca para que desenvolvedores criem produtos interessantes para serem usados e difundidos entre os usuários. 

Como funciona um sensor LIDAR

(Simulação)

Embora a Apple tenha iniciado há pouco tempo os investimentos em realidade aumentada, essa tecnologia já era usada em 2014 pelo Kinect do Xbox para detectar movimentos.  

O sensor LIDAR utiliza tecnologia ToF (Time of flight, ou tempo de voo, em português) para calcular distâncias e criar mapeamento 3D. Possui inúmeras aplicações, da detecção de movimentos à medição de espaços.

É física pura: O sensor dispara feixes de luz em um ambiente e, ao encontrar o objeto, o feixe retorna. O sistema calcula, então, o tempo que a luz demorou para ir e voltar, levantando informações precisas sobre o ambiente através de mapeamento 3D.

Oportunidade na Crise

De acordo com a CNet, a maçã vendeu centenas de milhões de iPhones e iPads habilitados para RA nos últimos três anos.  Varejistas já utilizam a tecnologia para oferecer aos clientes a ambientação de um móvel, por exemplo. A estratégia tem dado certo. 

De acordo com a Home Depot, varejista do segmento de materiais para construção, clientes que visualizam um produto em realidade aumentada tem até três vezes mais chance de levá-lo para casa. A ferramenta é especialmente bem-vinda agora, momento em que a pandemia de coronavírus impõe o fechamento de comércios e adoção de medidas de distanciamento social. 

 Mais de 10.000 aplicativos de realidade aumentada estão disponíveis para download na App Store. O leque deve aumentar nos próximos anos impulsionado por gigantes como a Adobe, que declarou publicamente a preferência por RA desenvolvidas para smartphones. 

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